Ação conjunta entre as forças de segurança resultou na apreensão de mais de 20 mil pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai e na recuperação de três veículos na região sul do Estado
Uma ação conjunta entre o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e a Força Tática da Polícia Militar de Naviraí, resultou na apreensão de mais de 20 mil caixas de cigarros contrabandeados e na recuperação de três veículos com registro de rouba/furto na zona rural de Japorã, região sul do Estado, nesta quinta-feira (20/05).
O DOF realizava patrulhamento próximo à Linha Internacional quando avistou o comboio. Ao perceberem a presença do DOF dois veículos entraram em uma propriedade rural e um caminhão VW/8.150 foi alcançado pelos policiais, após o condutor abandonar o automóvel e fugir a pé em meio a uma mata. Os outros dois veículos foram apreendidos por policiais da Força Tática da Polícia Militar de Naviraí.
Durante checagem foi constato que o caminhão havia sido furtado na cidade de Cascavel (PR) em 2018, assim como o veículo Pajero com registro de furto este ano na cidade de Porto Alegre (RS). Já a Toyota/Hilux foi tomada em assalto em abril na cidade de Itaquiraí.
O material apreendido, avaliado em aproximadamente R$ 1.525.000,00 foi encaminhado à Receita Federal de Mundo Novo. A ação envolvendo os policiais do DOF aconteceu dentro da Operação Hórus, parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
CRIMES ALIMENTADOS PELO CONTRABANDO
Durante participação no Webinar sobre ‘Mercado Ilegal de Cigarro – Desafios e Soluções – promovido pelo Poder360, em parceria com o FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade), nesta terça-feira, o Diretor do DOF, Coronel Wagner, enfatizou que existe um “rastro de sangue” por trás da prática do contrabando de cigarros.
“A gente viu o contrabando de cigarros passar o romantismo dos sacoleiros para a posse das organizações criminosas – especializadas no contrabando de cigarros. Isso traz uma série de consequências”, afirmou.
O diretor do DOF pontuou ainda os demais crimes decorrentes dessa prática criminosa.
“Pode parecer um crime simplesmente que fere a questão aduaneira. Nós dizemos: ‘Há um rastro de sangue por trás da prática do contrabando de cigarros’. Há toda uma complexa rede criminosa, que atua sobre furtos, roubos, ameaças, tráfico de drogas, tráfico de armas”, declarou.
Coronel Wagner enfatiza ainda, que como a ocorrência desta quinta-feira, a maior parte dos veículos usados no transporte do contrabando é roubada.
“As rotas do crime são compartilhadas entre os criminosos. Precisamos de uma ação muito forte para combater esse crime”, concluiu.